terça-feira, 24 de janeiro de 2012

A verdade passa ao largo, como se não existisse.

Tem clichê que funciona tão bem que é inevitável.

Nossa esquerdíssima vive reclamando do PIG, da polarização PT vs. PSDB, da falta de mobilização da sociedade, etc. Daí, quando a dita oposição tem a chance, via internet, de se sobrepor à mídia tradicional, age do mesmo jeito que a Veja: mente, distorce, engana, manipula.

Depois do Bope vs. Índios de Belo Monte e do Churrascurumim, barrigas dignas de quadrigêmeos em Taubaté, vem o “massacre” no Pinheirinho.

Bom, primeiro que o caso já é grave por si só – nosso Gerente Chuchu expulsando a pauladas o pessoal das terras do Naji Nahas pra cobrar sua parte da massa falida, passando por cima da lei –; segundo, que tudo agora é “massacre”, né, seja no Pinheirinho, no Piauí ou na Cracolândia – como qualquer autoritário é nazista.

Essas generalizações banalizam a indignação e causam o tédio na sociedade, que acaba pensando “ah é tudo a mesma coisa isso aí” e não percebe as particularidades de cada problema.

Só no domingo, quando houve de fato a derrubada das moradias pela polícia, já houve “dezenas de mortos”, incluindo “uma grávida”, além da “prisão” de Ivan Valente e Eduardo Suplicy (que nem lá estavam).

É pra isso que vocês querem tanto a mídia e o poder? Pra fazer igual, só que com o sinal trocado? Espalhando "gatos-bonsai" feito uma tia-avó encaminhando hoax?

A má-fé é mal disfarçada por “argumentos” como “você duvida [de] que isso possa acontecer/ter acontecido?”, “você vai defender os policiais/madeireiros/tucanos/insira-aqui-seu-vilão/?”

Sério, esse é o tipo de coisa que sou obrigado a ouvir quando reclamo da irresponsabilidade que é fazer esse tipo de coisa. Se não prezam pela verdade, se não tão nem aí pra ética, que sejam ao menos pragmáticos e pensem que é um puta tiro no pé, visto que tira a credibilidade da coisa – e se esses partidos de oposição da posição, contra-tudo-que-tá-aí (PSOL, PSTU, PCO), não vão nunca governar nada mesmo, que ao menos joguem limpo, a imagem é o que lhes resta. Por enquanto.